19 de set. de 2010

Petit Gateau de Doce de Leite.. humm

Embora esteja de dieta, resolvi compartilhar uma receita com vcs.. que ainda não fiz, mas me parece deliciosa. Sou fã de doce de leite.. e petit gateau de doce leite, sou fã nº1. Lugares para comer um dos bons: Carlota ou Mercearia do Francês ou ainda, no Paris 6.

Voilá: a receita!



200 grs de doce de leite


100 grs de manteiga

2 ovos

2 gemas

1\4 de xícara de açúcar

1\4 de xícara de farinha de trigo peneirada

manteiga para untar

sorvete de creme para acompanhar



Derreta o doce de leite e a manteiga no fogo comum ou no microondas.

Numa tigela, junte o doce de leite, os ovos, as gemas e misture bem, sem bater, com um batedor de mão ou fouet. Acrescente o açúcar e a farinha. Misture até formar uma massa homogênea.

Unte 6 forminhas individuais [*para mim, enchi 8] com manteiga e distribua a massa.

Leve ao forno pré aquecido a 200C e asse por 8 minutos [*no meu forno foram 14 minutos].

Sirva quente com sorvete de creme.

*receita do livro "As doceiras - Carla Pernanbuco e Carolina Brandão. E servido no restaurante Carlota.

22 de ago. de 2010

O Canalha Óbvio

Os canalhas estão por aí.

Temos o canalha político, o canalha do trabalho, entre tantos outros. Um outro tipo de canalha permanente e sem a menor possibilidade de extinção é o canalha amante. Comuníssimos, fáceis de encontrar e que pelo menos 1 vez na vida recomendo a todas experimentar. Certamente, será uma das melhores transas da sua vida, mas caia fora antes de se apaixonar.

E é sobre ele que vou falar. Fáceis de reconhecer, os canalhas ao longo das décadas se reinventam nos trajes, modos, mas os discursos e atos pouco variam.

Temos os canalhas da década de 50: vestido com calça branca -  justa o suficiente para realçar seus dotes físicos - camisa do tipo seda, estampada, com os três primeiros botões abertos, pêlos do peito a vista: sim, este sujeito poderia ser o Vadinho, de Jorge Amado.

Temos o canalha sofisticado, inteligente, requintado e bem vestido... tal como o Primo Basílio, de Eça de Queiroz.

Do canalha boçal ao sofisticado, ambos são figuras fáceis de reconher e identificar: é o que eu apelidei de canalho óbvio.

Podemos até nos deixar levar pelos seus encantos, mas sabemos que são canalhas. E o que desejamos: mudar o canalha... tá aí o erro! Alguém conhece um ex canalha?

Conheci uma vez o canalha advogado. Aliás, dois!

Thiago.... um dos canalhas.

Deus, no momento da criação, falou: "Filho, desce. Seja canalha em tudo que puder. Estou te dando quase todos os atributos: serás belo, alto, com lindos olhos verdes. Serás ainda inteligente. Bom de papo. Nascerás no Brasil, no seio de uma família burguesa conservadora paulistana. E coma".

Pois é, o Thiago nasceu bem e é o canalha óbvio.

Conheci-o num bar, conversamos, bebemos. Fui paparicada, elogiada, nunca em exagero, pois quem faz isso são os chatos. Tínhamos amigos em comum - o canalha óbvio sempre conhece alguém que estudou com você. Isso dá uma certa credibilidade.
E então, ele me convidou, tal como 'quer outra bebida?', se queria ir para casa dele. É assim, o bom canalha costuma ser direto e claro: ele quer te dar prazer. Este é o trato.. te salvar da mesmice. Alguns são mais ousados e rápidos, outros mais sutis, falam no 3º encontro.
O Thiago era direto.

E eu já tinha percebido que estava em frente a um legítimo canalha e não ia dar assim. Comigo poderia ser diferente. Não foi.

Nao dei e não fiquei.

No dia seguinte, investiguei a vida dele de todas as formas - por meio de amigos, redes sociais: ele namorava uma garota sem graça (daquela pra casar e transar 1 x por semana), advogado (que cuida de divórcios, com pouca ética, na verdade, nenhuma) e morava sozinho em um apto antigo, no Jardins, num ponto onde convivem em harmonia damas da noite, travestis e gays.

Ele ligou. Confirmou tudo que eu havia descoberto (assim são os canalhas óbvios) e manteve  sua investida por mais 4 meses. Até que saímos algumas vezes: ele me pegava em casa ou eu o encontrava por acaso (sempre encontramos o canalha óbvio em diversos lugares). Mas não transamos, passou um tempo e ele sumiu. E reapareceu em alguns momentos.

É assim: o canalha óbvio quer ter comer, investirá por um tempo, mas se não rolar, o foco principal não será mais você. Reaparecerá em alguns momentos, mas sem a mesma frequência, somente para você lembrar que ele existe e que se precisar, ele estará à disposição.

E veja: no momento que você deixa de ser a presa principal, você passa a ligar para ele (não sei por que, talvez fragilidade e narcisismo feminino), o canalha óbvio já sabe que você baterá na porta dele, sem nenhum esforço.

E de fato: após longos meses, me arrumei, me depilei e me convidei para ir ao apartamento dele. Ele abriu a porta, com um sorriso que ofendia pela naturalidade de quem sabia que ia me comer, sem a mesma fome anterior, mas ia. 

A casa estava desarrumada. A sedução anterior foi substituída somente pelo tesão. Ofereceu uma cerveja mexicana. E transamos. Me contou da vida dele e de suas poucas fraquezas. Não cochilou e me acompanhou até o estacionamento. Nos despedimos e o vi poucas outras vezes. E ele me esqueceu.

Este é o legítimo canalha óbvio. Quando o conhecer, dê... ou não dê, mas não o encontre mais. Você pode ser o prato principal ou não. E ser o prato principal é sempre melhor.

Na verdade, já conheci tantos canalhas, inclusive já me apaixonei por alguns: todos óbvios. Tem o recém-casado que te procura, tem o ex-namorado e tem até familiares. Não os odeio. Me divirto com eles (as vezes não). Tento não me apaixonar, o que é difícil.

Gosto da frase da Rachel de Queiroz: "Os canalhas também envelhecem". Pense duas vezes ao atravessar a avenida com qualquer velhinho.

Mas o que tá martelando na minha cabeça é um novo tipo de canalha, aquele que jamais eu iria supor que fosse, mas é. E só por isso já o caracteriza como o canalha mais autêntico que conheci: o canalha amigo. Fiquem longe dele. 

Mas esta estória merece um novo post... que ainda não sei o fim. Este sim, do tipo que odiamos.

22 de jul. de 2010

Pecado da Gula

Vi esta receita no blog http://patriciapompeu.blogspot.com/ Curioso: o blog tem como pauta principal Moda!
Estou de dieta.. por isso, ainda não testei a receita. Lembra muito uma receita que eu fazia de petit gateau, mas sem açúcar confeiteito.
Humm.. que delícia!!


"Moelleux au chocotale / Vou deixar a receitinha para vcs / Ingrédients: * 150 g de chocolate amargo * 12 quadradinhos de chocolate amargo * 80 g de manteiga * 90 g de açúcar * 2 colheres de sopa rasas de farinha de trigo * 4 ovos * açúcar de confeiteiro / Modo de fazer: Preaqueça o forno a 240°C. Derreta a manteiga e o chocolate (exceto os quadradinhos) ao banho maria. Mexa bem. Misture os ovos com o açúcar. Junte a farinha e depois o chocolate derretido, mexendo sem parar. Unte com manteiga 6 forminhas individuais. Preencha até a metade com a massa e coloque no centro dois quadradinhos de chocolate. Coloque o resto da massa por cima de cada forminha e leve ao forno. Deixe-as assar por 10 minutos e sirva em seguida, levemente polvilhada com o açúcar de confeiteiro. (Aqui no Brasil costuma-se servir com uma bola de sorvete de creme, mas no inverno, é dispensável!) Bon app’!! "
(texto de http://patriciapompeu.blogspot.com/)

11 de jul. de 2010

Do Lar

Nova aquisição.. ainda a caminho. Nos últimos tempos, para economizar, para emagrecer, estou me dedicando mais a cozinha. E como economizar não é o meu forte, adquiri uma balança digital para pesar os alimentos.. Se não for útil, será mais um objeto de decoração! Na sala?

9 de jul. de 2010

Cartagena de Indias

Faz muito tempo que estou devendo as fotos e filmes de Cartagena.

Vamos lá: a cidade é realmente muito bonita e vale a pena a visita.

O centro histórico (ou cidade histórica) é fantástico - uma mistura de Pelourinho, Parati e cidades históricas de Minas. A muralha é um show a parte. Construída na época da colonização para espantar inimigos interessados no rico comércio local, hoje é palco das paisagens mais bonitas de Cartagena: de cima da muralha, pode-se "mirar" o mar, a cidade moderna e o centro histórico.  E tudo (construções, ruas, muralhas) é MUITO bem convervado. A maioria das construções foi restaurada e mantém a aparência de quandro eram colônia espanhola. Por esta razão, Cartagena já foi cenário vivo de diversos filmes. Dica: ande, ande, ande.. a pé, de charrete, durante a noite e de dia. A experiência é realmente única.

Centro Histórico a noite 



Centro Histórico durante o dia:
 cores, muitas cores


Estátua da Índia Catalina, um dos símbolos de Cartagena, que representa a figura indígena na cultura local


As gordinhas de Botero

Pelo centro, diversas esculturas

Cidade Murada


O menino e a muralha

Uma palavra descreve a cidade histórica: autenticidade. Não é lugar "feito" para turista ver, mas para passear, sentir, experimentar. É um espaço sensorial.

Almoce por lá, jante nos excelentes restaurantes, conheça a casa de Gabriel Garcia Marquez.. enfim, viva Cartagena.

Já as praias de Cartagena não lembram nada o Caribe: areia escura e mar marrom. Mas é só navegar uns 50 minutos que o visual muda totalmente: são diversas ilhas lindas - mar verde, areia clarinha e a animação do povo caribenho. Mas cuidado: eles tentarão vender para vocês os colares "raríssimos" de corais diversos.. e pior, você vai comprar! Os locais têm um xaveco que é muito difícil resistir a um regalo. E para quem curte mergulho, é o lugar ideal.
 Isla de Rosario


Ilha de Pablo Escobar (diz a lenda)

Ah, e tem o Chivas.. não, não é a bebida, mas um bus todo colorido, com luzes que piscam, muita bebida e rumba. O chivas é a pré-balada dos turistas: você bebe, conhece pessoas e ainda faz um tour noturno pela cidade. 


Ah, e tem o Café de Mar (o mesmo de Ibiza). Ele fica situado em cima da muralha, em frente ao mar: visual perfeito. Sentar no final do dia no Café del Mar, assistir o por do sol e depois continuar por lá noite a dentro... muito bom!

E como estamos falando de uma cidade que é conhecida também pelo Festival de Cinema Internacional, vamos aos filmes...

Passeio de charrete. "Mira" meu espanhol... fantástico! E eu tomei o café no lugar certo!





Não parece uma balada no Pelourinho?

E para fechar, eis um líder religioso, o guru de Cartagena. 
O senhor me parece um pastor - o discurso e a voz são fascinantes. As pessoas o rodearam (eu e mais 5 sentados no banco..rs) e paramos. Fantástico. Etnografia em Cartagena!


Quer saber mais sobre Cartagena? Acesse: http://bit.ly/aT500H

Valeu!

6 de jul. de 2010

Um pouco do Pelourinho no Rio














Inicio este post com Toquinho:
“Se um pinguinho de tinta
Cai num pedacinho
Azul do papel
Num instante imagino
Uma linda gaivota
A voar no céu...
Vai voando
Contornando a imensa
Curva Norte e Sul
Vou com ela
Viajando Havaí
Pequim ou Istambul
Pinto um barco a vela
Brando navegando
É tanto céu e mar
Num verde azul...”

Não creio que a dupla de artistas holandeses Haas & Hahn, responsáveis pelo projeto “Favela Painting”, conheçam Aquarela, mas este projeto concretiza a música de Toquinho: com cores e design embeleza-se o cinza!

"Favela Painting" é o projeto que busca renovar e revitalizar as favelas e principalmente, incluir os moradores das "comunidades" (prefiro favelas, como um taxista no Rio falou para mim: "ainda somos favelas") no cartão postal da cidade. E o cenário, obviamente, é o Rio de Janeiro.

Adorei!

O Favela Painting vai além: forma e emprega moradores locais. Em parceria com as Tintas Coral, os moradores recebem treinamentos profissionalizantes sobre técnicas de pintura e tintas, são remunerados e participam do projeto. Resultado: melhor auto-estima para os moradores e para todos nós.

Segundo Dre Urhahn, um dos artistas do Favela Painting, “esta obra de arte pode fazer a diferença na vida das pessoas locais, da comunidade e da cidade do Rio de Janeiro. Ela tem o potencial de ser um catalisador no processo de renovação e mudança social".

Meus amigos sociólogos pensarão "ah, isso não resolve o problema". Não mesmo. Mas segundo o mesmo taxista "favelado": "quem quer sair das favelas e perder o melhor cartão postal do Rio de Janeiro? Queremos viver melhor e na favela!".

Já virou fã no Facebook do Favela Painting? http://bit.ly/dgbYOf

Quer saber mais? Visite o site oficial do projeto: http://www.favelapainting.com/home

Beijos!

PS: ah, a Coral também está revitalizando o centro de Recife. Parabéns Coral!


4 de jul. de 2010

Você vai ver que seu nariz nem é tão feio... Salve a Caricatura!

Sempre gostei de caricatura, mas confesso que fazer uma minha causava calafrios. A caricatura ressalta na maioria das vezes nossas partes mais engraçadas e que destoam do resto.. ou seja, se você tem algo feio  (nariz imenso, pêlos na orelha, olhos esbugalhados) na caricatura ficará ainda pior.. e aí está a graça.




Mas de onde vem a caricatura?
Fiz uma breve pesquisa para entender e selecionei a resposta de um anônimo do anwers.yahoo bem objetiva e nada científica. A pergunta era a mesma que fiz acima e a resposta foi "desenhar mal e fazer disso uma arte e instrumento político". Concordo em parte, pois fazer uma caricatura é difícil pacas.

A palavra caricatura vem do inglês caricature que, por sua vez, veio do italiano caricare, significando carregar, exagerar. "Podemos considerar que os desenhos dos homens primatas nas paredes das cavernas foram os primeiros registros de cartum", segundo um amigo meu.

Mas a caricatura foi evoluindo, o homem ganhando consciência do seu papel sócio-político e as caricaturas representam hoje tudo o que está entalado na garganta. Foi muito além das cavernas.

E se o brasileiro não tem memória (dizem), os cartuns têm. E em época de eleições, nada como ter uma aula de história ilustrada:


Farinha do mesmo saco?



No final, eram velhos amigos!




Quem paga a conta? Nós!




Se como eu, você não tem nenhum dote artístico, segue um editor que permite com que você faça sua própria caricatura: procurem por MAGIX FunPix Maker.

Ah, e se você tem dúvida entre um manga ou caricatura, fique com o segundo - depois de pronta, você vai ver que no final seu nariz nem é tão feio!

Beijos!

19 de jun. de 2010

Histeria coletiva

Aos poucos estou aderindo à Copa 2010. E confesso, este vídeo tem forte influência na minha decisão.

4 de mai. de 2010

Novos vilões

Eis que surge o vilão. Da noite pro dia ele surge. E no mesmo dia, ele é julgado e morre. Fim. Livramos-nos de suas maldades e não tivemos tempo nem de gostar dele!

Obviamente, este não é um vilão de novela, mas um novo vilão: rápido, certeiro e que morre após 140 caracteres.

Já o vilão das novelas, ao longo de cerca de 180 capítulos, humilha, atormenta, amaldiçoa e destrói pessoas do bem e só no fim, ele morre ou enlouquece. E nós nos sentimos vingados!

Em homenagem aos bons tempos da teledramaturgia brasileira, listei os melhores vilões - melhores porque em algum momento chegamos até torcer por eles (ver lista no final).

E o que eles têm em comum? Egocentrismo, ausência de caráter, ganância e um charme irresistível. Sim, são eles que dão audiência, garantem o sucesso da novela e que serão lembrados.

Para quem teve o privilégio de assistir Beatriz Segall na memorável Odete Roitman, poderá relembrar de sua primeira aparição: seu olhar esnobe e falas preconceituosas sobre o Brasil são inesquecíveis.



O personagem mau caráter tem maior influência entre os telespectadores: são fortes, determinados, quentes - vibram mais do que aqueles mornos que não fazem a trama crescer. Os autores de novelas sabem disso e buscam sempre criar um personagem assim. E quando os vilões se encontram, a cena fica ainda melhor, tal como a cena de Olavo e Tais, em Paraíso Tropical, interpretados por Wagner Moura e Alessandra Negrini.



Porém vejam: eles foram construídos em mais (muito mais!) de 140 caracteres.

Precisamos de heróis e vilões: sejam na ficção e/ou na vida real – online e offline. Por motivo simples: nós os amamos. E o Twitter tornou-se a antena parabólica de “jornalistas” que buscam, acham e publicam novos vilões. Os vilões virtuais.

Novela sem um bom vilão não teria a mínima graça e no Twittter também é assim: ao invés de 180 capítulos, vilões em 140 caracteres, mas que morrem rápido, de algumas frases escritas.

PS: os vilões fabricados nos folhetins e na internet não existem - são ficção. E sim, eles têm coração e também se arrependem. E pedem desculpas, durante o intervalo ou por e-mail.




Vilões que amamos:

- Odete Roitman (Beatriz Segall), em Vale Tudo, de Gilberto Braga.













Maria de Fátima (Glória Pires) e Cesar (Carlos Alberto Riccelli), em Vale Tudo, de Gilberto Braga.


Final feliz para os vilões!





- Laura Prudente da Costa (Cláudia Abreu) e Renato Mendes (Fábio Assunção). Celebridade, de Gilberto Braga





- Olavo (Wagner Moura), Bebel (Camila Pitanga) e Taís (Alessandra Negrini). Paraíso Tropical, de Gilberto Braga





- Nazaré (Renata Sorrah). Senhora do Destino, de Aguinaldo Silva.



- Flora (Patrícia Pillar), em A Favorita, de João Emanuel Carneiro.



3 de mai. de 2010

Homem viril e o vinil

Existiu um momento na minha vida que eu não era sedentária.

Sempre fui (e ainda sou) a caçula da casa e todas as atividades chatas eram passadas para mim. Recordo de algumas frases que me irritavam muito e que invariavelmente, começavam assim:

"A Carla,

- vira o disco

- rebobina a fita (tanto a cassete como a do vídeo)

- troca de canal (não existia controle)

- atende o telefone (sim, nasci quando não existia o telefone sem fio)"


Enfim, eu era a Cinderela da casa e como todo conto de fada, o príncipe chegou: em forma de controle remoto, telefone sem fio, CD (pequenininho, lindo.. e de um lado só), DVD e finalmente, fui libertada das atividades que a condição de caçula me impunha... E assim, a Carla viveu feliz até entrar no site da Amazon, Submarino e encontrar diversos vinis a venda!

Confesso: bateu um pânico! Mas na sequência, o saudosismo: ah, as lindas capas do vinil, meu LP da Arca de Noé com Vinícius, começar ouvindo o Lado B...

E feliz assim, fui terminar de me arrumar para o jantar romântico com o meu novo affair.

Ficha Técnica:

Nome: Juan (exceto italiano, qualquer nome estrangeiro já me assusta)
Idade: 36
Estado Civil: separado, sem filhos
Tipo sanguíneo: O negativo (irrelevante, mas como é o mesmo que o meu, vale a menção)
Mora: sozinho

Após meses sem emplacar 3 encontros consecutivos, um filet à la Juan com batatas sauté estava muito acima de qualquer restaurante moderninho de Sampa. Sem delongas, pulando a parte "seu apê é legal", "muito bom (o jantar)", partimos rapidamente para o Chico: "eu faço samba e amor até mais tarde".. e assim foi, foi, foi por 3 (TRÊS!!) vezes. E naquele momento, passei adorar nomes espanhóis!

- Levanto agora, me visto e vou embora ou fico por aqui? (calma, não perguntei isso, só pensei).

Mas o Juan levantou-se e foi até a cozinha preparar uma especialidade dele. Mais uma?

Eu estava no 3º encontro, transamos 3 vezes, nasci no dia 3, fiz 34 (mas no ano passado 33) e já estava subentendido que eu ia dormir lá.. Enfim, no dia seguinte, iria para a numeróloga entender por que tanto 3 na minha vida.

Até que lá da cozinha: - Carlinha, você vira o disco? Aliás, dá uma olhada na capa!

Silêncio.

Novo pânico.

Será que ele tem vídeo cassete também? Telefone com fio?

Após mais de 15 anos, constatou-se que o chiado do disco que virou vinil tem som superior ao CD e artistas estão (re) lançando o lado A e lado B. Por outro lado, a indústria fonográfica está em crise frente a pirataria, mp3, mp4... e eu? Eu engordei, o príncipe nunca chegou, assisto de vez em quando Zorra Total , mas voltar a virar o disco?

Bati a porta e fui embora.

Perdendo a virgindade.. Aiiii!!

Chegou o grande dia (noite!) e finalmente, perderei a virgindade!! Pode parecer meio estranho alguém que nem perdeu já estar bloggando sobre tal. Mas já que comecei, vamos lá: por que as pessoas insistem em falar que perderam algo? Acho que o ideal seria LIVRANDO-SE da virgindade, pois não conheço um adolescente que não vê a hora do grande momento chegar.


Questionando a potencial "perda":

- Ótica Feminina: a menina realmente perde algo, o hímen! Mas alguma vez este hímen teve alguma funcionalidade para vocês? Aliás, antes da aula de biologia, alguém sabia da existência dele? Honestamente, o hímen vai ser lembrado somente na primeira vez se ele insistir em bloquear a entrada lá 'dentro';

- Ótica Masculina: vocês perdem algo na primeira vez? Pelo contrário, as fantasias sexuais (e mentiras) contadas para os seus amigos, finalmente serão verdadeiras.



Ou seja, até agora não consegui identificar uma perda. Agora é claro, existe todo um contexto 'romantizado', envolto de expectativas e idealizações em suas diversas formas: sensações e sentidos (cheiro, cor, tato, etc). E milhões de perguntas surgem: será que está na hora? com quem? qual será a trilha? como começar? o que falar?


Olha, planejar em demasiado o futuro ignorando o presente pode ser um grande erro, já que as oportunidades surgem do nada e também evaporam do nada. Ou se vive ou não se vive. E "perder a virgindade" é um ritual de passagem: é uma brincadeira gostosa, divertida e íntima. E vale a pena sim curtir muito a sua primeira vez, segunda, terceira, quarta.....e quantas mais desejar!



(...) Algumas horas depois...





Aiiiii!!! Uiiiii... Ahhhhh!!!


E de repente, virgindade partiu! Não sou mais virgem: primeiro post, no primeiro blog! Fim da virgindade digital!



Sejam bem vindos ao meu blog!